Trilhos brasileiros começam a receber as locomotivas mais sustentáveis do país

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Wabtec já está entregando para Rumo, Suzano e MRS os modelos ES44ACi, que reduzem consumo de diesel em até 6% 

As locomotivas mais sustentáveis já feitas no país começam a circular nos trilhos brasileiros nesta virada de março para abril, conforme a Wabtec vem entregando os primeiros modelos da Evolution Series, a linha mais moderna da multinacional para cargas pesadas em operação no mundo. 

Suzano, Rumo e MRS são as primeiras empresas a contar com essas locomotivas, as ES44ACi, produzidas com uma nova tecnologia de motores de 12 cilindros. Seus motores fazem parte da mais nova geração desenvolvida para andar em trilhos de bitola larga pela Wabtec – líder mundial em inovações ferroviárias por mais de 150 anos. Essa tecnologia já é difundida nos EUA, sendo a mais moderna do mundo para cargas (heavy haul) em fase operacional, tanto no menor consumo de diesel quanto na redução de emissões de CO2.

Os motores da Evolution Series, menores do que os tradicionais de 16 cilindros, contam com uma refrigeração mais eficiente, que assegura a potência nos mesmos 4.500 HP, mas permite o consumo de até 6% menos combustível e, por consequência, reduz de maneira significativa as emissões. 

Isso ocorre graças a uma maior eficiência térmica da combustão, aliada a um sistema duplo de resfriamento do ar de admissão adotado nesses motores de quatro tempos, turboalimentados e equipados com injeção eletrônica. 

Essa redução do consumo de combustível aumenta ainda mais a competitividade do sistema de transporte sobre trilhos em comparação às rodovias. Segundo a Wabtec, uma dessas novas locomotivas é capaz de transportar uma tonelada de carga por uma distância de três a quatro vezes maior do que caminhões – a locomotiva é capaz de transportar uma carga de 76 toneladas por um quilômetro consumindo apenas um litro de diesel, enquanto que um caminhão transporta apenas 20 toneladas por um quilômetro com o mesmo um litro de diesel. Outra conta da empresa aponta para cinco vezes menos emissões de carbono nessas locomotivas do que no transporte da mesma carga feito por caminhões.

A série Evolution da Wabtec conta com outras inovações além do motor para aumentar a eficiência das locomotivas e reduzir o consumo de combustível. Uma delas é o ARC (Advanced Rail Cleaner). Esse sistema consiste numa limpeza de trilhos com ar comprimido à frente das locomotivas que, ao soprar um vento muito forte pouco antes de as rodas tocarem os trilhos, aumenta a aderência e a capacidade de tração, evitando paradas indesejadas e perda de potência com ferrovias molhadas por água ou por óleo, por exemplo. 

Combinadas a sistemas digitais mais modernos de sinalização e operação, essas inovações implicam menos custos de manutenção das locomotivas e, logo, aumento de produtividade para as empresas com mais tempo com o equipamento nas ferrovias. Esse aumento de produtividade pode ser percebido também pela possibilidade de a ES44ACi puxar comboios maiores ou com mais peso e pelo menor desgaste nas rodas.

Tropicalização 
As 25 locomotivas, que começaram a ficar prontas agora e serão entregues ainda neste ano, serão feitas em Contagem (MG), com adequações do modelo internacional para o mercado brasileiro. Por exemplo, foram adaptados tamanho e dimensionamento para a malha nacional, além de ajustes específicos para os diferentes climas onde os trens circularão no país e para uma malha com trilhos mais longos, que exigem mais cuidado com refrigeração, explica Danilo Miyasato, CEO da Wabtec no Brasil. 

“Esse motor foi tropicalizado para se adaptar às nossas ferrovias, maximizando a eficiência energética da tecnologia diesel-elétrica”, disse Miyasato, lembrando que o ciclo de vida de equipamentos como esse é de, pelo menos, 25 anos.

A versão anterior da locomotiva da Wabtec com características similares em 16 cilindros, a AC44i, vendeu mais de 500 unidades ao longo dos últimos anos a partir de unidades de fabricação brasileiras. Por conta das renovações das concessões em curso – que estão prevendo ganhos de eficiência e redução de emissões – a empresa prevê demanda de cerca de 100 unidades do novo modelo nos próximos 10 anos. As autorizações ferroviárias em curso podem também ampliar essa conta, promovendo uma demanda sustentável e mais previsível para o mercado ferroviário brasileiro, prevê Miyasato (ver entrevista).

Com as renovações das concessões antigas e as autorizações para novas linhas, o Ministério da Infraestrutura prevê pelo menos dobrar de 20% para 40% a participação das ferrovias na matriz de transporte nacional nos próximos 15 anos. Miyasato reconhece os esforços públicos para avanço da pauta das ferrovias nos últimos anos, o que traz otimismo para a percepção da empresa sobre a demanda nos próximos anos. 

Em âmbito mundial, ele destaca que a Wabtec prevê também que o volume de cargas transportadas por trilhos vai dobrar até 2050, reforçando a necessidade de adoção de tecnologias para trazer mais eficiência e mais sustentabilidade para os equipamentos ferroviários. Hoje, uma a cada cinco toneladas de carga transportada sobre trilhos no mundo é puxada por locomotivas da empresa.

Novas tecnologias
O ES44ACi significa um avanço significativo no caminho trilhado pela Wabtec rumo à descarbonização dos produtos oferecidos a seus clientes. A locomotiva será uma espécie de plataforma para a qual a multinacional desenvolverá novas tecnologias. Nos EUA e Austrália, já estão com pedidos para locomotiva a baterias com capacidade superior a 7MWh, permitindo uma eficiência energética ainda maior no consumo de combustível agregado para todo o comboio. Outras pesquisas em curso da Wabtec, ainda em um estágio anterior, têm foco nos diversos usos do hidrogênio para soluções energéticas ferroviárias.

“Temos uma jornada de sustentabilidade via inovação com propósito, por isso nossos investimentos e nossa missão de liderar a descarbonização levam a essas novas tecnologias”, afirmou Miyasato.

No passado, a Wabtec já produziu locomotivas no Brasil também para trens de passageiros e para circular em ferrovias de outros países da América Latina, além de África e Oriente Médio. Na América Latina, a empresa tem 1,2 mil funcionários. No mundo, são 27 mil, trabalhando em 50 países, nos quais a empresa tem receita de US$ 8 bilhões e figura entre as 500 maiores do mundo, segundo a revista Fortune.

Palavras dos clientes:

“Com as constantes renovações da frota, ganhamos em eficiência no escoamento das cargas agrícolas e industriais, além de contribuir de forma significativa para a redução de emissões”Marcus Rogério Vianna Jorge, diretor de Material Rodante da Rumo

“A ES44ACi incorpora dois pilares da companhia: a busca por mais produtividade e a redução no volume de emissões, consolidando uma operação mais sustentável”Anelise Salzani, gerente-geral de Engenharia de Manutenção da MRS

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