Trabuco, do Bradesco: “Infraestrutura é a alternativa mais rápida para gerar milhões de empregos”

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

A infraestrutura deficitária do país é um bônus.

A visão é do presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que palestrou no Seminário Aberto MBA PPP e Concessões, promovido pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), London School of Economics e RedePPP.

Realizado em São Paulo no dia 6 de abril, com a presença de alunos do MBA e convidados, a palestra de Trabuco mostrou o lado meio cheio do copo para o setor de infraestrutura no país. O evento contou com o apoio da Agência iNFRA.
Para ele, a necessidade urgente de investimentos nesse setor para acabar com gargalos identificados, algumas vezes há mais de 40 anos, são a maneira mais eficiente de tirar o país da crise.

“A infraestrutura é um grande bônus. Pode parecer não razoável e não fazer sentido, se ela é deficitária. Mas é bônus porque é a alternativa mais rápida de gerar milhões de empregos”, afirmou o presidente do conselho do Banco. “São 30 milhões de desempregados e subempregados. Como gerar empregos no curto prazo? Não tem outra forma: temos que aumentar a taxa de investimentos da economia”.

Para o presidente, a questão dramática é que esses investimentos necessitam de retorno para atrair o capital privado, já que o dinheiro público será insuficiente para fazer frente às necessidades.

Segundo Trabuco, é preciso pensar que as obras de infraestrutura têm um senso de urgência já que, sem elas, o país perde em congestionamentos, gastos de combustível entre outros fatores que geram o que ele chamou de deseconomias. Sua mensagem final foi de esperança no avanço do setor.

“O mundo todo olha para o brasil como oportunidade forte de revolução na infraestrutura”, disse Trabuco.

Natureza do investidor
Trabuco ministrou sua palestra no painel “O Futuro do Financiamento em Infraestrutura no Brasil” acompanhado do diretor-gerente do Bradesco BBI, Leandro de Miranda Araújo, responsável pelo financiamento do setor na organização.

Araújo, que já passou por outras áreas de financiamento de infraestrutura, afirmou que, para o financiamento do setor se desenvolver, será necessário entender a natureza de cada tipo de investidor e criar produtos que sejam adequados para eles.

No caso de estrangeiros, por exemplo, o maior problema para ele é cambial e será necessário criar mecanismos de proteção ao risco. Já fundos precisam de projetos com alto rating.

Luiz Carlos Trabuco lembrou ainda que é necessário fazer a reforma da previdência para que, não somente o estado deixe de ser deficitário, como também para se criar fundos que possam ter recursos de fundos geracionais, mais adequados para financiar a infraestrutura. “Ninguém vai financiar a infra com investimento de liquidez diária”.

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