SPA diz que investimento na Fips é urgente; quebra de safra evitou gargalo

Rodrigo Zuquim, da Agência iNFRA

O aumento da participação do transporte ferroviário no acesso terrestre ao Porto de Santos (SP) é um dos focos do PDZ (Plano de Desenvolvimento e Zoneamento), de acordo com Bruno Stupello, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da SPA (Santos Port Authority).

Com a prorrogação antecipada do contrato de concessão da Rumo Malha Paulista, haverá um aumento da capacidade de movimentação de cargas da concessionária para 75 milhões de toneladas por ano, podendo chegar a 100 milhões de toneladas, o que ultrapassa a capacidade da ferrovia interna do porto, que atualmente é de 50 milhões de toneladas.

A movimentação atual de carga na ferrovia é de 47,3 milhões de toneladas e, segundo Stupello, se não fosse pela quebra da safra do milho no ano passado, que reduziu a movimentação, teria batido os 50 milhões, resultando no gargalo do escoamento da carga.

“Para isso desenvolvemos o projeto da Fips [Ferrovia Interna do Porto de Santos]”, disse o diretor, ressaltando a urgência do investimento, previsto em R$ 891 milhões ao longo dos próximos cinco anos, e a estimativa de expandir a capacidade da Fips para 115 milhões de toneladas. O projeto está sendo avaliado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e deve ser deliberado no próximo mês, segundo ele.

A expectativa é de realizar o chamamento público e a assinatura do contrato para a substituição da gestão da ferrovia ainda neste ano, afirmou Stupello, que participou na terça-feira (26) do SPA Day 2022, evento para divulgação dos resultados, oportunidades e perspectivas da autoridade portuária. A íntegra da apresentação está disponível neste link.

Outro ponto abordado na apresentação das oportunidades de negócios da autoridade portuária são as obras de dragagem de aprofundamento do canal – a menos 16 metros em um primeiro momento e, depois, a menos 17 metros, com investimentos estimados em R$ 613 milhões. “Estamos na fase de licenciamento ambiental, com expectativa de que a obra seja feita na desestatização”, afirmou Bruno Stupello.

O encontro contou ainda com a participação do diretor-presidente da SPA, Fernando Biral, e dos diretores Marcus Mingoni (Administração e Finanças), Marcelo Ribeiro (Operações) e Afrânio Moreira (Infraestrutura).

Desestatização
Quanto ao processo de desestatização do Porto de Santos, após a avaliação de aproximadamente 600 contribuições feitas no âmbito da consulta pública encerrada em março, a próxima etapa será o envio do projeto ao TCU (Tribunal de Contas da União) e o início do road show para apresentação a investidores. A expectativa é de que o cronograma do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para realizar o leilão ainda neste ano seja mantido.

De acordo com Fernando Biral, a procura por informações acerca da desestatização abrange vários perfis, desde terminais e pool de investidores de infraestrutura até empresas que tradicionalmente não buscam ativos de concessão. Todos os players que orbitam a atividade do porto estão procurando se informar, afirmou o diretor-presidente. (Colaborou: Mariana Nascimento.)

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