Secretaria integrará planos de infraestrutura e avaliará efeitos na economia

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

A nova configuração da SDI (Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura), ligada ao Ministério da Economia, vai ter a missão de trabalhar em um planejamento de longo prazo, integrando os vários setores da infraestrutura do país, e criar métodos que possam avaliar de forma mais efetiva os impactos da execução de projetos do setor na economia.

É o que informa o novo secretário do órgão, Diogo Mac Cord, que é subordinado à Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério, em entrevista à Agência iNFRA.

A secretaria, que estava vinculada ao Ministério do Planejamento até o ano passado, vinculou-se à secretaria da Produtividade, que recebeu ainda outros órgãos que estavam na Fazenda, na Indústria e Comércio e no Trabalho. Mac Cord avalia que a nova configuração será boa para ajudar a trabalhar temas da infraestrutura em diferentes áreas.

Se entre sua criação e 2018 a SDI ficou fortemente vinculada ao PAC, Mac Cord informa que esse não será mais o tema principal da pasta. Obras de grande porte que estavam no programa e a atribuição de ajudar os estados e municípios passaram para o PPI e o restante das obras ficará sob responsabilidade de cada pasta.

A ideia é apoiar com mais presença, no início, as áreas de saneamento e mobilidade, que estão em grau mais baixo de desenvolvimento que outras.

“A SDI como existia não existe mais. Agora nossa atribuição é pensar no futuro”, disse Mac Cord.

Taxa de Retorno Econômica
A SDI terá como missão estabelecer Taxa de Retorno Econômica – que não contabiliza apenas o retorno interno e financeiro do projeto – para os projetos para tentar fazer com que o país tenha uma carteira racional de investimentos em infraestrutura e possa fazer adequadamente a priorização de projetos, por exemplo.

Para isso, a secretaria quer criar mecanismos que possam medir o impacto de implementação de um grande plano de obras em algum setor dentro da sociedade para saber se haverá mão de obra, material e equipamentos, entre outros.

Segundo ele, há estudos que mostram gargalos e necessidades de investimentos em diferentes áreas, mas nada que informe os impactos de sua realização ou da realização de vários deles ao mesmo tempo.

“Qual seria o crescimento do país? E da inflação? Há mão de obra? Qual é o impacto na produtividade do país se uma obra sair?”, lista Mac Cord alguma das perguntas que o trabalho da secretaria pretende responder.

Futuro da Infraestrutura
Mac Cord diz que outra missão da secretaria será pensar a infraestrutura do país para daqui a 30 anos e planejar um horizonte de empreendimentos. Segundo ele, por ter um estoque de infraestrutura muito baixo, o Brasil pode pensar em fazer algo que seja voltado para as novas tecnologias.

Para ele, isso ajudará o país no futuro, mas também no presente, trazendo empresas que querem ter a segurança de que terão projetos para tocar não apenas no horizonte de um governo, mas de uma geração.

“Se você traz mais empresas pensando em 20 ou 30 anos, você traz mais concorrência para hoje”, afirmou o secretário.

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