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Rumo diz que também pode pedir autorização para construir trecho da Fico no Mato Grosso

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

O CEO da Rumo, Beto Abreu, afirmou que a empresa também poderá pedir autorização para construir um trecho da Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) no Mato Grosso.

A afirmação foi feita durante uma conferência da empresa com investidores para detalhar o projeto de ampliação da Ferronorte entre Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá, também no Mato Grosso.

Perguntado se o pedido de autorização feito pela VLI para uma autorização do trecho entre as cidades de Lucas do Rio Verde e Água Boa, feito ao governo federal logo após a edição da Medida Provisória 1.065, que criou as autorizações ferroviárias federais, poderia reduzir a lucratividade da empresa, Abreu afirmou que esse trecho não traria impacto significativo para a extensão da Ferronorte.

Segundo ele, é necessário considerar que o trecho da Fico não é isolado, já que depende da conclusão de uma outra linha ferroviária, a que vai de Água Boa a Mara Rosa (GO), ligando-se à Ferrovia Norte-Sul, no trecho operado pela Rumo. 

Ao afirmar que pode também fazer o pedido da linha, Beto disse que a empresa aguarda para ver como os processos legislativos da MP 1.065 e o PLS 261/2018, aprovado no Senado nesta terça-feira (5), vão convergir para compreender como será a regulamentação das ferrovias autorizadas federais.

Maturidade do processo
Beto Abreu justificou a escolha da companhia de fazer a extensão da Ferronorte pedindo autorização ao governo do estado dizendo que a maturidade do processo é maior no governo local. Ele lembrou que houve uma mudança constitucional em outubro do ano passado e aprovação da lei posteriormente.

Ele também reiterou, em resposta a perguntas de investidores, que a autorização é juridicamente segura para investimentos, ressaltando que há um acordo de cooperação entre o governo local e o governo federal para o funcionamento das ferrovias estaduais em Mato Grosso em parceria com as federais.

O CEO da Rumo afirmou que a previsão da empresa é iniciar as obras em 2023 e que o próximo ano será para a obtenção da licença e a realização do projeto executivo. A previsão de custo está na casa dos R$ 10 bilhões.

A intenção é já começar a captar carga em 2025, no que foi classificado como 1º terminal, ainda sem local exato para ser instalado, mas com previsão de captar entre sete e oito milhões de toneladas ano. Depois seriam feitos terminais em Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. A conclusão da ferrovia é prevista para 2030.

Pelos números apresentados, 16 milhões de toneladas de carga que hoje chegam ao terminal de Rondonópolis migrariam para os terminais novos ao longo da via. E pelo menos mais 18 milhões de toneladas de cargas novas seriam captadas pelo novo trecho.

Com essas projeções, Abreu afirmou que a estimativa é que a empresa tenha menos custos e mais faturamento, o que deverá elevar ainda mais a margem Ebitda da companhia, que está na casa dos 61% na Malha Norte em 2019.

O CEO afirmou ainda que a extensão até Lucas do Rio Verde não deverá reduzir o que a empresa cobra dos usuários pelo transporte, mas que os usuários vão ter custos menores de transportes, com a redução em outros modais.

Financiamento
Os investidores questionaram sobre o financiamento das obras e o CEO respondeu que vai trabalhar para obter os recursos de fontes diversificadas, citando bancos de fomento regionais e internacionais, o BNDES e a emissão de debêntures. 

Segundo ele, está em negociação também um enquadramento do projeto nas regras da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) para que a proposta tenha isenção de imposto de renda.

Perguntado sobre gargalos, Abreu afirmou que a Malha Paulista, que é operada pela Rumo e está em fase de ampliação, não será um gargalo para o aumento da produção da Ferronorte, à qual se liga, mas que é necessário ter atenção no Porto de Santos (SP), tanto em terminais como nas ferrovias locais. A teleconferência e a apresentação podem ser vistas neste link.

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