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Risco de racionamento chega a 29%, diz PSR, mas pode cair para 1% a 3% se ações do governo derem certo

Há risco de racionamento de água no Brasil?

Leila Coimbra, da Agência iNFRA

Usando um modelo matemático detalhado, que leva em conta também a representação da produção das energias renováveis, junto com a hidrologia, a equipe da consultoria PSR fez simulações para os riscos de um racionamento de energia no país em 2021.
 
Os testes apontaram que, se o crescimento da demanda de energia for de 6% em relação a 2020 – quando houve retração por conta do início da pandemia –, o risco é de 20% nas regiões Sudeste e Sul. Caso ocorra uma alta de 9% do consumo, as chances de racionamento sobem para 29%.
 
Os dados fazem parte da última edição do Energy Report, enviado aos clientes da PSR na última terça-feira (6), e repercutiram no setor.
 
“O risco indica que um evento pode ocorrer, mas não necessariamente que vai ocorrer”, disse o CEO da consultoria, Luiz Barroso, à Agência iNFRA. “Existem ações adicionais de gestão por parte do governo que podem ser decisivas para assegurar que o ‘pode’ não se transforme em ‘vai’”, completou.
 
CREG
Diante das simulações feitas, se as ações do governo para mitigar a crise forem bem-sucedidas, os riscos caem bastante, para dentro dos níveis de planejamento, da ordem de 1% a 3%, o que garantiria o abastecimento.
 
“É uma situação que exige cuidados, mas temos vários recursos que contribuem para a segurança de suprimento, tais como: reservatórios mais confortáveis nas regiões Nordeste e Norte; um perfil de oferta diferente dos outros anos de crise hídrica, com maior participação térmica e renováveis, e maior capacidade do sistema de transmissão”, afirmou Barroso.
 
Além disso, o governo criou recentemente a CREG (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética), com a edição da Medida Provisória 1.055, com autoridade para atuar na gestão do uso das águas das bacias hidrográficas, uma medida importante para o enfrentamento da atual situação de escassez hídrica, lembrou o executivo.
 
A câmara de gestão hidroenergética também pode desempenhar papéis importantes pelo lado do aumento da oferta, com a entrada de nova geração emergencial, ou mesmo pela redução voluntária da demanda.
 
“As ações do governo são essenciais e já estão em andamento. Há ações já tomadas, como a busca por nova oferta, importação de energia dos países vizinhos e resposta pela demanda, e aquelas que podem ser tomadas pela CREG, como a atuação na gestão dos usos múltiplos da água, seja em defluências mínimas como em volumes mínimos de reservatórios”, pontuou o presidente da PSR.
 
Perigo na ponta
As simulações mostraram que há o risco de suprimento de ponta, que mesmo com ações do governo ficam em um patamar um pouco desconfortável. O suprimento de potência em 2021 ainda inspira bastante cuidado, mesmo após as ações da CREG. O risco de ‘atenção’ na capacidade de suprimento de ponta varia de 5,6% a 8% dependendo do crescimento da demanda mesmo após as ações da CREG”, diz o texto do Energy Report.
 
O relatório aponta algumas manobras operativas que poderiam ser utilizadas para o gerenciamento dos riscos de ponta como, por exemplo, a operação do sistema de transmissão acima dos limites de confiabilidade.
 
Reservatórios
Nos cenários onde o suprimento foi normal, a probabilidade de chegar com reservatórios em novembro entre 10% e 15% de armazenamento na região Sudeste é de 8,4%, segundo o relatório da PSR.

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