Leila Coimbra, da Agência iNFRA
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falou com a Agência iNFRA sobre os rumores de sua saída do cargo no final de agosto, quando tiveram início nos bastidores políticos os rumores.
O jornal Folha de S.Paulo publicou notícia hoje (6) sobre o assunto. Segundo a matéria, parlamentares disputam o comando da pasta e reclamam de falta de interlocução com o ministro, que não nomeou indicados do Congresso em postos na Eletronorte, em Furnas e em Itaipu.
Bento Albuquerque sobre ir para o STM: “Mesmo se eu quisesse, não haveria essa possibilidade”
No final de agosto passado, circulava nos corredores do Legislativo a conversa de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedira a cabeça do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Uma opção seria indicar o almirante Bento para uma vaga no STM (Superior Tribunal Militar), na vaga do almirante de esquadra Álvaro Luiz Pinto, que se aposenta em maio de 2020.
Mas Bento Albuquerque disse à iNFRA que entra na reserva compulsoriamente em março de 2020 e, por isso, estaria impedido de ir para o STM, já que estar na ativa é um dos pré-requisitos.
“Em maio de 2020 eu já estarei na reserva, porque entro compulsoriamente no dia 31 de março. Então, mesmo se eu quisesse, não haveria essa possibilidade”, disse o ministro à Agência iNFRA em agosto passado.
Suposto desentendimento com Alcolumbre
O motivo do desentendimento entre o ministro e o presidente do Senado, segundo constava já naquele mês, seria o fato de Alcolumbre ter pedido cargos na Eletronorte, em Furnas e em Itaipu, que foram negados pelo almirante – já que a determinação do presidente Jair Bolsonaro na época era de não negociar indicações políticas.
“Eu desconheço isso, e conheço o Davi desde o primeiro mandato dele como deputado federal, e temos uma excelente relação tanto profissional como pessoal, um tratamento de amizade”, disse o ministro.
Sobre a informação de que o presidente do Senado teria pedido cargos, o ministro respondeu: “Eu nunca recebi dele nenhum pedido que não fosse republicano”.