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Porto do Rio fará parte da temporada de cruzeiros 2020-2021 [conteúdo patrocinado]

Gabriel Tabatcheik, da Agência iNFRA

O Porto do Rio de Janeiro terá navios de turismo nesta temporada 2020-2021. A informação é do diretor de Operações da Pier Mauá, Américo Relvas da Rocha, cuja empresa administra o terminal de passageiros do porto da capital fluminense. De acordo com o empresário, o Rio é, já há muito tempo, o primeiro ponto de interesse da indústria de cruzeiros na América do Sul. E o papel da cidade é fundamental na tentativa de retomada do setor, em um cenário que precisa lidar com prevenção e com os danos causados pela pandemia de Covid-19.

De acordo com Rocha, três empresas de cruzeiros são clientes regulares de terminais na costa brasileira. E, dentre essas, duas já confirmaram seus trabalhos na temporada 2020-2021. Elas assinalaram pelo menos seis navios para navegar a partir de novembro. E ainda há os internacionais. “Esses cruzeiros, que vêm da América, do Caribe e da Europa, eles ainda constam da minha grade de escala. Nenhum deles entrou em contato para cancelar escala internacional no Rio de Janeiro”, revela.

“Todo o trade marítimo se uniu no sentido de tentar viabilizar a temporada 2020/2021”, comenta Rocha, “tanto na qualificação dos nossos profissionais como também na agressividade comercial, de conseguir enxugar aqui, enxugar ali, sacrificar um pouco as margens de lucro. Todos estão diminuindo os seus valores e preços para motivar armadores e passageiros”, diz.

Uma preocupação evidente é a forma com a qual os barcos lidarão com a Covid-19. As autoridades de saúde pública mundiais ainda trabalham nesses protocolos, mas Rocha percebe que os armadores admitem baixar a quantidade de passageiros por navio. “Se um navio tem 3 mil passageiros de capacidade, com certeza nesta temporada eles trabalharão com menos. Cada navio, cada armador, vai determinar, vai fazer os estudos para falar, olha, no meu é 20% a menos. No meu, 30%. No meu, 25%”, comenta.

Para Rocha, o maior problema do setor, na atualidade, não é a perda de receita decorrente da pandemia, mas sim a falta de previsibilidade, “de como as próximas duas temporadas, no mínimo, vão ser realizadas”. Antes da Covid-19, a expectativa para o Porto do Rio era de receber 400 mil passageiros entre novembro de 2020 e abril de 2021. Hoje, não se sabe quantos virão.

A Clia (Cruise Lines International Association), entidade que é a maior associação comercial de linhas de cruzeiro do mundo, confirmou que a temporada no hemisfério sul será de novembro a abril, como nos últimos anos. Mas que ainda não é possível dar detalhes e divulgar expectativa de números. “Todos os novos protocolos e inovações que a indústria irá implementar serão anunciados tão logo estiverem definidos”, afirmou em nota.

Esse foi um dos temas abordados no iNFRALive – 110 Anos do Porto do Rio, evento realizado pela Agência iNFRA e pela CDRJ, com patrocínio do Sindoperj (Sindicato dos Operadores Portuários do Rio de Janeiro), do Pier Mauá, do Terminal de Trigo do Rio de Janeiro, da Triunfo Logística, da Multirio Terminais e do ICTSI Rio, e com apoio da associação Logística Brasil (Associação Brasileira de Usuários de Portos, de Transportes e da Logística). O programa completo está disponível neste link.

Porto e cidade
Sendo o primeiro ponto de interesse no continente, na visão de empresas de navios de passageiros, o entorno do Porto do Rio vem recebendo melhorias contínuas. A principal delas é o projeto “Porto Maravilha”. Iniciado em 2011, é uma operação urbana consorciada, com investimento em modelo PPP (parceria público-privada) da ordem de R$ 10,6 bilhões, em valores atualizados. Da lista de obras prometidas, 87% delas já foram entregues à cidade, como o Museu do Amanhã e os túneis Rio 450 e prefeito Marcello Alencar. Além de outras obras em PPP e projetos privados paralelos, como a roda gigante e o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos).

O porto organizado do Rio é uma área ampla, e boa parte das melhorias estão centradas no entorno do terminal de passageiros, que é a região do Porto Maravilha. Os principais bairros beneficiados são Saúde, Gamboa e Santo Cristo.

Cesar Barbiero, diretor-presidente da Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto), entende que a cidade e o porto devem, cada vez mais, estar integrados, a exemplo de processos ocorridos em grandes conglomerados urbanos com área portuária, como Londres e Barcelona. “A nossa intenção aqui é transformar esse espaço em uma grande região de negócios, pensando principalmente em três níveis: cultura, entretenimento e resgate social”, explicou.

Segundo Barbiero, por meio de um acordo entre município e União, estão disponíveis na área aproximadamente 300 mil metros quadrados de terrenos livres, que foram sendo desocupados ao longo do tempo. “O potencial, em área construída, pode chegar até 2,5 milhões de metros quadrados”, disse o diretor.

“Temos toda uma política de atuação para a região. Sabemos que 24 empresas retornaram ao Centro nesta década, além de 14 mil pessoas, para trabalhar e viver na área. Nossa meta é trazer empreendimentos e também moradias, pelo menos mais 40 mil novos moradores nos próximos anos.”

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