Hélvio Guerra assume o favoritismo para a última vaga na diretoria da ANEEL

Leila Coimbra, para a Agência iNFRA

 

Hélvio Neves Guerra é o nome mais cogitado para preencher a última vaga na diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que será aberta neste mês de agosto.

Guerra é superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da agência reguladora, e considerado um nome com qualificação técnica. Além disso, conta com o apoio dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Ivo Cassol (PP-RO), que está licenciado.

Projeto das distribuidoras no Senado
Nos bastidores, comenta-se que a indicação do superintendente da ANEEL para a diretoria do órgão, com a bênção de Braga, seria uma importante estratégia para a votação do projeto de lei que trata da privatização das distribuidoras da Eletrobras no Senado nos próximos dias.

Eduardo Braga tem feito declarações de que é contrário à privatização da Amazonas Energia. Mas o senador presidiu a comissão mista da MP (Medida Provisória) 814, que continha o mesmo teor do PL (projeto de lei) 10.332/18, e na época era favorável à venda de todas as distribuidoras, inclusive a do seu estado.

Braga coordenou na comissão a aprovação do relatório feito pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ) – que também foi o relator do projeto aprovado na Câmara, e que agora tramita no Senado.

Ivo Cassol
Hélvio Guerra também conta com o apoio do senador licenciado do mandato Ivo Cassol que tem força política em um estado cuja distribuidora também está em processo de privatização pela Eletrobras, a Ceron.

Os contras
O apoio dos senadores Eduardo Braga  e Ivo Cassol tem seus prós, mas também os contras. No caso de Braga, que é ex-ministro de Minas e Energia, já existem outras indicações feitas pelo senador no setor elétrico: na própria Amazonas Energia e também em outras empresas do grupo Eletrobras, como na Eletronorte, por exemplo.

Reeleições em xeque
Braga também tem feito oposição ao governo do presidente Michel Temer, com duras críticas aos seus companheiros de partido que hoje estão no Palácio do Planalto. E vem perdendo força política, já que não vai bem nas pesquisas eleitorais para a sua reeleição, e pode ficar sem mandato a partir do próximo ano.

Em relação a Ivo Cassol, o senador atualmente está licenciado do seu mandato e também tenta a reeleição, mas está com problemas na Justiça. Ele foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por fraude em licitações. Na quinta-feira da semana passada, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, mandou o Senado decretar a perda do mandato de Cassol, que passa a ser oficialmente ficha-suja e pode perder o direito de concorrer à reeleição

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