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Governo do RJ quer outorga da Vale para levar ferrovia do ES ao Porto do Açu


Dimmi Amora, da Agência iNFRA

O governo do Rio de Janeiro vai apresentar uma proposta para que os recursos que a Vale tem a pagar das outorgas de renovação antecipada da EFC (Estrada de Ferro Carajás) e da EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas) possam ser usados num plano para levar ferrovia até o Porto do Açu (RJ).

A ideia é ampliar o ramal que a própria Vale se comprometeu a fazer, já descontando de recursos da outorga, da EF-118 entre Vitória e Anchieta (ES). E fazer com que essa mesma ferrovia alcance o Porto do Açu, que fica no norte do Rio de Janeiro.

Segundo o secretário de Transportes do estado, Delmo Pinho, um projeto básico entregue em 2018 ao governo federal estimou a construção desse trecho em R$ 2,5 bilhões. A outorga a ser paga pela Vale está estimada em R$ 4,2 bilhões.

Mas, para o secretário, não será necessário que a Vale entre com todo o recurso para a construção do ramal. Ele afirmou que a proposta é que a empresa e o Porto do Açu possam colocar recursos próprios na faixa dos R$ 800 milhões para o desenvolvimento do projeto.

Segundo ele, um estudo encomendado pelo governo mostrou que o Porto do Açu será importante para o escoamento da produção agrícola de uma bacia agrícola denominada pela Embrapa de Centro-Leste, que pega grandes regiões de Minas Gerais e de Goiás.

Pinho afirmou ainda que o Porto de Tubarão (ES) tem congestionamentos constantes que levam navios a ficarem 17 dias esperando para atracar, ampliando os custos para o transporte de mercadorias. 

O secretário do Rio de Janeiro defendeu ainda que o Açu está desenvolvendo projetos energéticos de geração de energia a gás natural que podem, de acordo com estudos já em andamento, levar à produção local de fertilizantes, o que geraria o efeito para o sistema ferroviário de garantir frete no retorno dos produtos agrícolas transportados para exportação.

Renovação da MRS
Delmo Pinho também afirmou que vai seguir insistindo com o governo federal para que a MRS inclua em seu projeto de renovação antecipada a criação de um ramal ferroviário entre a cidade de Nova Iguaçu (RJ) e o Polo Petroquímico do Comperj, em Itaboraí (RJ). A proposta não está contemplada entre os que estão em produção de projetos executivos para a renovação antecipada da concessão da malha.

Segundo Pinho, a proposta teria a capacidade de tirar o tráfego de trens da região metropolitana do Rio de Janeiro, o que viabilizaria um corredor logístico de carga geral entre São Paulo e o Espírito Santo, que tem tráfego de mais de 10 milhões de toneladas ano.

“A ideia é ligar São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Hoje não temos recursos para isso, mas vamos fazendo pouco a pouco”, disse o secretário, que afirma que esse momento será crucial para o futuro do estado. “É o momento mais importante em 30 anos para a infraestrutura do estado, o que vai definir nosso futuro. Temos que fazer o investimento no que é estrutural.”

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