Futuro com diversificação: energia elétrica, biocombustíveis e biogás

da Agência iNFRA

A estratégia da Vibra é diversificar seu modelo de negócios e contribuir para a descarbonização de seus clientes, de olho em um conceito: o Brasil deve ser o centro da estratégia de multinacionais de diversos setores. Por quê? Sem o consumo de renováveis, as empresas “gravam” em sua pegada de carbono cerca de 100 kg de dióxido de carbono (CO2), um dos gases de efeito estufa, a cada 1 MWh usado no Brasil.

Na Europa, por conta da matriz muito mais poluente, esse valor é cinco ou seis vezes maior. Isso levará multinacionais a investir cada vez mais no Brasil para reduzir sua pegada de carbono. Com uma matriz de transportes, com cerca de 60% dos produtos sendo escoados por rodovias, a Vibra pretende participar desse processo.

Etanol, o combustível da década
Essa é a aposta da Vibra Energia, que enxerga que o biocombustível reforçará sua presença na matriz energética do país, seja usado na mistura da gasolina, seja abastecendo a frota de veículos leves.

A Vibra firmou uma joint venture com a Copersucar, líder mundial em comercialização de açúcar e etanol, e que se tornou a principal empresa do Programa RenovaBio na safra 2020-2021. O objetivo é criar uma plataforma integrada de comercialização de etanol.

Biometano, combustível da transição
A Vibra anunciou em 2021 acordo de cooperação com a ZEG para fomentar o crescimento do mercado de biometano no país. O acordo permitirá produzir e ofertar ao mercado até 3 milhões de metros cúbicos do energético por dia.

A oferta será para as mais de 300 usinas de etanol pertencentes aos 60 grupos industriais fornecedores de etanol da Vibra. O Brasil tem potencial para atingir cerca de 30 milhões de m³/dia de fornecimento competitivo de biometano até 2030.

Eletrificação lenta
Na minuta do Plano Decenal 2031, lançado em janeiro de 2022, estima-se que, nos segmentos de caminhões semileves e leves, em 2031, 11,5% dos licenciamentos devem ser de híbridos e elétricos. Nos médios, devido à crescente utilização destes veículos para distribuição final em cidades, espera-se uma participação de 12,5%.

Em semipesados, espera-se uma participação de 5% no licenciamento, e de 2% de híbridos para caminhões pesados. Outra alternativa tecnológica ao caminhão a diesel é o caminhão a gás natural, em especial o liquefeito (GNL). A EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas) estima no Plano Decenal 2031 que, esse tipo de motorização deve avançar nos segmentos mais pesados, com participação do GNL e GNC nos licenciamentos de caminhões médios, semipesados e pesados de 0,8%, 1,1% e 1,9%, respectivamente.

Comercialização de energia elétrica
Em 2020, a Vibra Energia adquiriu o controle da Targus, ingressando no segmento de comercialização de energia. No fim de 2021, adquiriu a Comerc, com receita líquida de R$ 2,8 bilhões de janeiro a setembro de 2021, 16% do mercado, com 1,2 mil clientes como Ambev, BRF, Whirlpool e Klabin. O ticket médio por cliente é de R$ 7,1 mil reais.

Detém autorização para comercializar gás natural e uma carteira de 2 GW em projetos de fontes renováveis, além de investimentos em geração distribuída. Os projetos de geração distribuída da Comerc estão no estado de Minas Gerais, onde a Vibra tem mais de 1 mil varejistas, que poderiam comprar eletricidade mais barata e mais limpa da Comerc, segundo análise do Bradesco BBI. O balanço considerável da Vibra também deve fornecer à parceria bastante suporte para pontuação de crédito e escala de operações.

Mais lojas nos postos
Na Europa e na Ásia, mais de 50% dos postos de combustíveis possuem lojas. No Brasil, esse percentual é menos do que a metade. De olho nisso, a Vibra firmou joint venture com as Lojas Americanas para explorar mercado de conveniência por meio de franquias e de lojas próprias na rede de postos BR e com lojas de rua. A parceria tem o potencial de capturar oportunidades nos cerca de oito mil postos da rede. Podem ser abertas mil em quatro anos.

Raio-X: Vibra Energia
A Vibra mantém, por meio de um contrato de licenciamento, a bandeira Petrobras em sua rede de quase oito mil postos espalhados pelo território nacional. No segmento corporativo, são cerca de 18 mil clientes, em segmentos como indústrias, transportadoras, usinas termelétricas, agricultura e aviação, sendo que este último continuará a ser atendido pela marca BR Aviation.

Líder no mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes no país em volume de vendas. A companhia foi constituída para assumir as atividades de distribuição e comércio de produtos de petróleo e derivados, então realizadas pela Petrobras, que desde 2015 tem buscado focar sua presença em exploração e produção no pré-sal.

O IPO da empresa veio em 2017, com a Petrobras mantendo 71,25% das ações da BR. Em 2019 veio a segunda oferta pública de ações da BR Petrobras, reduzindo a participação para 37,5%. A BR se tornou uma empresa privada.

Em julho de 2021 foi realizada a operação de follow-on para a venda das ações da BR detidas pela Petrobras BR e a companhia se tornou uma “true corporation”. A empresa passou a se chamar Vibra Energia. Com o reposicionamento, foi mudado o nome e o ticker da empresa, que passou de BRDT3 para (VBBR3).

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