Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo quer apoiar projetos com impacto em infraestrutura

Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo quer apoiar projetos com impacto em infraestrutura

30 de agosto de 2021

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

A Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo vai atuar no Congresso pela aprovação de ao menos cinco propostas legislativas que estão tramitando na Casa como forma de ampliar a competitividade do setor de infraestrutura, considerado um dos gargalos à produtividade do país.

Nos cálculos do grupo, que tem o apoiamento de 200 parlamentares, a indisponibilidade de infraestrutura gera perdas entre R$ 190 bilhões e R$ 230 bilhões ao país por ano. Esse valor é parte do R$ 1,5 trilhão que o país teria no chamado Custo Brasil, nos cálculos feitos por MBC (Movimento Brasil Competitivo) e CNI (Confederação Nacional da Indústria), que dão suporte à frente.

A frente tem como diagnóstico que os gargalos de infraestrutura são gerados por “elevados custos e baixa qualidade logística; imprecisão e baixa efetividade da regulação ambiental; insuficiente infraestrutura de telecom; deficiência na rede de saneamento; limitações da infraestrutura de mobilidade urbana”. O estudo com o diagnóstico está disponível neste link.

Presidida pelo deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), a frente elegeu cinco projetos em que haverá uma atuação mais destacada. São eles o PL 4.199/2020, o BR do Mar; o 2.646/2020, o projeto de Debêntures em Infraestrutura; o PLS 261/2018, o marco legal das ferrovias; o PL 2.149/2015, que trata de segurança no tráfego aquaviário; e o PL 7.063/2017, novo marco legal de concessões e PPPs (parcerias público-privadas).

Cortar todo dia
Segundo Fonteyne, a ideia da frente surgiu após o mapeamento feito de quanto custam os gargalos em vários setores da economia, incluindo a infraestrutura, tornando possível ir atrás da redução ponto a ponto do chamado Custo Brasil, que ele brinca dizendo ser como unha.

“Você tem que cortar todo dia”, disse o parlamentar.

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Ele afirmou que a ideia da frente é ir buscar solução para os problemas fundamentais da falta de competitividade das empresas brasileiras, como forma de evitar o discurso de que é preciso proteção para as empresas nacionais sobreviverem. 

Segundo o parlamentar, a partir de demandas de entidades ligadas ao setor produtivo, a frente quer produzir eventos para levar parlamentares e ampliar a defesa na aprovação de marcos legais, inclusive os ligados ao setor de infraestrutura. Ele afirmou que as proposta do PL das Debêntures e do marco de ferrovias deverão ter encontros ainda neste ano para tratar desses temas.

Além da defesa de projetos específicos, Fonteyne afirmou ainda que a ideia é apoiar os processos de desestatização do país, incluindo o das autoridades portuárias, que está em andamento pelo atual governo. A agenda legislativa da frente deve ser anunciada nas próximas semanas.