Firjan defende coordenação administrativa entre Galeão e Santos Dumont

Jenifer Ribeiro, da Agência iNFRA

O consenso entre as administrações dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont poderia levar a uma injeção de R$ 4,5 bilhões na economia do Rio de Janeiro. A união das duas unidades foi a principal ideia defendida pelos participantes do evento “Hub Econômico: Reconectando o Rio com o Brasil e o Mundo”, promovido pela Firjan na última sexta-feira (20).

Com a expectativa da 7ª Rodada de Concessões Aeroportuárias – que engloba o Santos Dumont, Congonhas (SP) e mais 14 aeroportos – acontecer em 2022, a discussão acerca de como manter ambos os aeródromos na cidade do Rio de Janeiro competitivos e atraentes tornou-se mais presente.

O Galeão está sob administração privada desde 2013, que passa por dificuldades. Os governos locais defendem que a concessão do Santos Dumont para outro grupo tende a piorar ainda mais a situação econômica e inviabilizar o aeroporto internacional do estado. O governo federal não quer mudar seu modelo de concessão, como mostram reportagens da Agência iNFRA

O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu a transferência administrativa do Santos Dumont. “O que somos radicalmente contra é que se estabeleça um modelo de concessão desse aeroporto que não leve em consideração a visão conjunta dos dois ativos”, afirmou Vieira.

Levantamento da Firjan aponta que, se a administração do Santos Dumont e a do Galeão entrarem em acordo, há a possibilidade dos aeroportos injetarem R$ 4,5 bilhões por ano no PIB (produto interno bruto) do estado do Rio de Janeiro. A previsão de investimentos da concessão do Bloco RJ-MG como um todo é de R$ 2,5 bilhões.

O deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ) afirmou que uma coordenação só acontecerá se os deputados, senadores, empresários, chefes de estado do Rio de Janeiro e outros se organizarem para chegar em um discurso único. O governador do estado, Cláudio Castro (PL), chegou a comentar que os dois aeroportos deveriam pertencer ao mesmo grupo.

Demanda de voos
Durante o encontro, o vice-presidente da Firjan e presidente da GE Celma, Julio Talon, afirmou que a quantidade de voos dos aeroportos cariocas afeta os percentuais de importações e exportações do estado e que os voos de passageiros são parte essencial no processo de comércio exterior.

Por sua vez, o fundador do Instituto-E e da Osklen, Oskar Metsavaht, defendeu que para aumentar o número de voos de passageiros no Rio de Janeiro é preciso investir em turismo. Para isso, o estado poderia, por exemplo, criar um calendário de eventos voltado para visitantes da China, Oriente Médio e Rússia.

Também na sexta-feira, em audiência pública na Comissão do Turismo da Câmara dos Deputados para tratar da compra da Latam pela Azul, o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, disse que o número de voos domésticos deve alcançar os patamares pré-pandemia em dezembro/janeiro e que os voos internacionais vão demorar mais para se recuperar devido às restrições e barreiras sanitárias.

Correção: O título anterior da reportagem foi alterado porque estava impreciso. A Firjan não defendeu durante o encontro que os aeroportos ficassem com um mesmo operador, mas uma coordenação entre eles, como informa o título atual e o texto.

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