Demissão pegou equipe de surpresa, que foi convidada por Sachsida a permanecer

Leila Coimbra e Roberto Rockmann, da Agência iNFRA

O clima no Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira (11) era de velório com a demissão de Bento Albuquerque do cargo de ministro. A decisão do presidente Jair Bolsonaro, na véspera, pegou de surpresa tanto o dono da pasta quanto auxiliares diretos, que já preparavam a viagem do ministro para Washington, na sexta-feira (13), para participar do 2º Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos

Ainda consternados com a saída do almirante, auxiliares diretos foram convidados a continuar até o fim do governo pelo novo dono da pasta ontem, principalmente a secretária-executiva, Marisete Dadald, braço direito de Bento. A tendência é que a equipe fique, pelo menos a princípio, disseram fontes.

Petrobras
A saída de Bento à frente do ministério impactará principalmente a Petrobras, avaliam pessoas próximas ao governo. O presidente da estatal, José Mauro Coelho, que assumiu o cargo há cerca de um mês, perdeu seu principal anteparo com a saída do almirante. Ficará isolado, e os rumores são crescentes de que poderá ter de deixar o cargo.

Existem também boatos de que um projeto de lei que poderia resultar em controle de preços dos combustíveis estaria em análise. Cabe ressaltar que 45% do capital da Petrobras está em mãos de acionistas estrangeiros. Tomar decisões populistas terá preços e poderá inclusive ter impacto sobre o processo de capitalização da Eletrobras, que exigirá presença de investidores externos, uma vez que deverá envolver R$ 25 bilhões em recursos a serem levantados.

Paulo Guedes
A crise dessa quarta-feira evidencia uma disputa nos bastidores entre Bento Albuquerque e Paulo Guedes. Depois da saída de Roberto Castello Branco do comando da Petrobras – indicação feita por Guedes –, a Economia perdeu a disputa e o MME passou a comandar as nomeações. O almirante indicou primeiro Adriano Pires e depois José Mauro Coelho. Guedes não gostou. A demissão de Bento Albuquerque mostra que o dono da caneta mais poderosa da Esplanada dos Ministérios continua com poder.

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