ANTAQ aprova audiência pública para concessão do Porto de Itajaí

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

Os diretores da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) votaram favoravelmente pela aprovação da proposta de abertura de audiência pública para a concessão do Porto de Itajaí (SC).

A proposta estava na pauta da reunião ordinária de diretoria virtual que se encerrou nesta quarta-feira (16), relatada pelo diretor Adalberto Tokarski, cujo mandato chega ao fim nesta sexta (18).

A estimativa de investimentos, segundo apurou a Agência iNFRA, está na casa dos R$ 2,8 bilhões nos 35 anos de contrato, renováveis por igual período, o que considera também os gastos com a dragagem do porto. O valor mínimo de outorga está estimado em R$ 603 milhões.

O vencedor também terá que indenizar a companhia que hoje está na administração do porto, a empresa estatal do município, em valores estimados em R$ 44 milhões. 

Contribuição por TEU
Há ainda parcelas anuais, pagas a partir do 6º ano de concessão, estimadas em R$ 35,8 milhões. Os valores de contribuição variável foram estabelecidos pela movimentação de cada contêiner no terminal, que vai pagar um valor fixo por unidade (TEU).

Diferente dos outros modelos de concessão de portos, a proposta é que o vencedor da disputa possa ser o operador do terminal de contêineres e também a autoridade portuária. Nos portos de Santos (SP) e de Vitória (ES), estão impostas restrições ao concessionário que administrará o porto de também ser arrendatário de terminais.

No entanto, estão sendo propostas outras restrições. Os estudos que deverão ser divulgados nos próximos dias vão propor o impedimento de consórcios de armadores e suas controladas que tenham instalações portuárias dedicadas a contêineres e carga geral nos complexos portuários de Itajaí e São Francisco do Sul (SC).  

Garantir investimentos
Em recente entrevista à Agência iNFRA, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, afirmou que a concessão do porto de Itajaí é a única forma de garantir investimentos necessários para que ele possa ser competitivo. O porto sofre a concorrência de um TUP (terminal de uso privado) de contêineres na mesma área que vem ampliando o volume de cargas nos últimos anos. A entrevista está neste link.

No entanto, há resistência de políticos locais à concessão do porto à iniciativa privada. A prefeitura local, atual delegatária, pediu a renovação da delegação, prometendo mais investimentos e redução de quadros para melhorar a gestão da unidade. Mas o Ministério da Infraestrutura optou pelo prosseguimento do processo de concessão.

Leilões dia 31 de março
A agência também se prepara para realizar, no final de março, uma nova rodada de leilões de arrendamentos portuários. A estimativa é que o STS11, no Porto de Santos (SP), e o SUA07, em Suape (PE), ambos terminais de granéis vegetais, sejam licitados em 31 de março.

Junto também deve haver a licitação do terminal PAR32, de granéis vegetais no porto de Paranaguá (PR), que é feito pela autoridade portuária local, a Portos do Paraná, do governo estadual.

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