Vitória de Bolsonaro tem avaliação positiva de associações de infraestrutura

Dimmi Amora e Bernardo Gonzaga, da Agência iNFRA

Associações representantes das empresas do setor de infraestrutura avaliaram como positiva a vitória do candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições deste domingo (28), apontando suas falas em favor de um governo mais liberal e pró parcerias com o mercado como positivas para os investimentos no setor.

O desejo unânime é trabalhar em parceria com o governo eleito e que o futuro governo atue com rapidez para aproveitar o apoio inicial da sociedade para aprovar medidas necessárias no Congresso.

Mas o temor apontado por parte dos representantes que tiveram interlocução com a equipe do novo presidente do setor é que a falta de experiência prática dos principais gestores com a administração pública e com a burocracia estatal leve à lentidão para atacar os problemas principais do setor de forma imediata.

Rodovias
O presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionária de Rodovias), César Borges, afirmou que os governos eleitos têm no início boa vontade do Congresso para aprovar pautas para marcar a gestão e que será necessário aproveitar bem esse momento.

“Tem que aproveitar [o período inicial], ser inteligente e andar rápido, com soluções de consenso”, disse Borges, ex-governador da Bahia e ex-ministro dos Transportes.

Segundo ele, a associação se prepara agora para apresentar à equipe de Bolsonaro seu plano para o setor de rodovias, Caminhos Para o Brasil, que segundo ele apresenta direcionamentos tanto para o futuro das concessões como para solucionar passivos de concessões antigas.

Portos
No setor de Portos, o presidente da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários), José di Bella, contou que já se reuniu com os principais assessores de Bolsonaro para o setor de infraestrutura, levando a eles o claro direcionamento de que o setor portuário sofre um paradoxo de ter demanda e capacidade de investir, mas estar impedido de fazê-lo pela burocracia estatal.

Di Bella disse que, após definida a eleição, vai apresentar planos mais específico do setor, entre eles o de que os terminais portuários não devem ser considerados como um serviço público ou uma concessão de uma obra já que, por serem contratos de longo prazo, precisam de constantes investimentos. Di Bella elogiou a visão de planejamento de longo prazo desejada pela nova equipe.

O presidente da Usuport (Associação de Usuários dos Portos da Bahia), André Seixas, disse que as indicações políticas para cargos em agências reguladoras também devem ser resolvidas. “Nós esperamos que quando os mandatos das agências reguladores forem terminando, e novos vierem, que sejam indicações técnicas. Eu não sei se ele vai conseguir 100%, mas se ele conseguir mais da metade já é suficiente”, revelou.

Ferrovias e Construção
Para a ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) a prioridade do próximo governo será “tirar do papel” os projetos greenfield e brownfield, e, principalmente, a Ferrovia Norte-Sul.

Em nota, a ANTF informou que a equipe de Bolsonaro fez contatos com a entidade antes do segundo turno e ressaltou que isso “é um bom sinal”. A associação informou que, agora, “o empenho será no sentido de sentar e conversar, de forma serena e objetiva, com os interlocutores do novo governo, mas com um grau de profundidade maior, técnica e detalhadamente, sobre as questões mais caras ao modal ferroviário”.

O grupo +Ferrovias, que congrega entidades de defesa do modal, pretende enviar carta ao novo presidente pedido a revisão do modelo atual de renovação dos contratos de concesssão do setor.

Em nota, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) informou que “Chegou a hora da trégua para construirmos um país com justiça social, segurança jurídica e oportunidades para todos, baseada no emprego digno. A construção civil está pronta para ajudar neste novo momento histórico de nossa pátria”.

O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade, afirmou também em nota que: “A expectativa do setor transportador é de que, daqui para a frente, todos se unam em favor do bem comum, em busca de harmonia social e da retomada do desenvolvimento econômico do Brasil”.

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