Outorgas de distribuidoras da Eletrobras podem chegar a R$ 1 bi, diz banco

Corrida eleitoral traz dúvidas sobre política energética
Leila Coimbra, da Agência iNFRA

O banco Bradesco BBI apontou em relatório divulgado nesta quinta-feira (23) que o pagamento de outorgas pelas concessões de três distribuidoras da Eletrobras, que serão leiloadas no próximo dia 30 de agosto, pode chegar a R$ 1 bilhão.

Segundo a equipe de análise do banco, a Ceron, de Rondônia, é a mais valiosa e pode ter sua concessão leiloada por R$ 757 milhões. A Eletroacre (AC) deverá valer R$ 124 milhões e a Boa Vista, de Roraima, R$ 154 milhões.

No leilão da Cepisa (PI), no último dia 26 de julho, a Equatorial Energia ofereceu uma outorga de R$ 95 milhões pela concessão, por 30 anos. O valor foi considerado agressivo no primeiro momento, principalmente pelo fato de não ter havido disputa pelo ativo, já que a Equatorial foi a única a dar lance.

Oferta foi boa para a Equatorial
Mas, para os analistas do Bradesco, a oferta foi atrativa para a Equatorial, e a aquisição foi considerada positiva. Após o resultado do leilão houve uma valorização das ações da Equatorial na B3. As apostas são de que a empresa deverá fazer lances pelas outras distribuidoras.

Equatorial e Energisa favoritas
Diante de uma possível concorrência da Energisa, há a grande possibilidade de ofertas mais polpudas pelas concessões, avaliam os analistas. A Equatorial e a Energisa possuem concessões próximas às das distribuidoras que serão vendidas e têm dados demográficos semelhantes, além “de sinergias de Opex (custos)”.

Diante dos arranjos financeiros feitos pela Eletrobras e ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) neste ano, as distribuidoras designadas podem apresentar Ebitda (geração de caixa) positivo já em 2019.

A Equatorial e a Energia, além da Neoenergia e CPFL acessaram o data room das distribuidoras da Eletrobras, conforme antecipou a Agência iNFRA em sua edição 176, no último dia 22 de agosto.

Boa Vista é a mais complicada
O relatório do Bradesco avalia que a situação mais complexa é a da Boa Vista. O estado de Roraima não é interligado ao sistema elétrico nacional e parte do seu suprimento de energia depende de importação da Venezuela, que vive uma crise política e financeira.

O governo federal prevê acelerar a construção de um linhão interligando a capital de Roraima a Manaus (AM), mas ainda não há a certeza de licenciamento ambiental para o trecho da linha que passa em terras indígenas. Já a parte da linha que não tem problemas ambientais deverá receber autorização em breve da Funai e do Ibama, e as obras estão previstas para começar ainda em 2018, diz o governo.

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