Futuro ministro recebe lista com 103 projetos de transportes de R$ 93 bi em investimentos

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

A EPL (Empresa de Planejamento e Logística) entregou ao futuro ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Tarcísio de Freitas, nesta semana, uma lista de investimentos em 103 projetos de rodovias, ferrovias e hidrovias cuja recomendação é que devem ser priorizados para que sua implantação traga o melhor custo-benefício para o país em relação à logística.

O valor dos investimentos é estimado em R$ 93,4 bilhões, com projetos que podem ficar prontos até 2025. A estimativa é a geração de 500 mil empregos diretos somente com esses empreendimentos.

O trabalho, produto do PNL (Plano Nacional de Logística), apresenta os benefícios da priorização dos projetos que somam 34 mil quilômetros de rodovias federais, 2,8 mil quilômetros de hidrovias e 29 mil quilômetros de ferrovias.

A hierarquização das obras foi apresentada a partir de indicadores que consideram as óticas econômica/financeira e social, entre eles o custo, retorno, empregos gerados, população atendida, desenvolvimento regional, entre outros fatores.

A partir dos dados coletados junto a diversas bases de dados públicas do país, essas informações alimentaram uma ferramenta de priorização multi critério, que gera uma pontuação para cada projeto.

Caso o programa seja executado, a estimativa da estatal de planejamento é que haja uma redução de R$ 55 bilhões por ano nos custos logísticos do país a partir de 2025.

De acordo com o documento, intitulado Carteira de Estudos e Projetos 2019-2025, o objetivo do trabalho é “superar os desafios logísticos do país, minimizar os gargalos físicos existentes nas rodovias, ferrovias e hidrovias, contribuir para retomada do crescimento econômico brasileiro, por meio de investimentos públicos e privados na infraestrutura de transporte”.

Boa parte dos projetos já está com estudos parcialmente em andamento ou próximos da fase de execução, como são os casos da Rodovia Presidente Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, cuja licitação para uma nova concessionária deve ocorrer em 2020; ou das obras previstas nas renovações de concessões ferroviárias.

Rodovias
No caso das rodovias, dos 85 trechos priorizados, 29 estão com estudos realizados, o que tende a fazer com que elas sejam licitadas provavelmente no próximo governo. Outras 21 devem ter estudos até 2022 e para as 35 restantes a indicação é que os estudos sejam concluídos até 2022.

O trabalho entregue separou quais trechos já estão qualificados no PPI para estudos e concessões e a que pertencem a outros programas, como o convênio entre a EPL e o BNDES para estudos, por exemplo, em que nove desses trechos estão sendo analisados, entre eles praticamente toda a BR-101 na região Nordeste.

No caso das ferrovias, os 14 trechos listados são os que são estão qualificados pelo governo dentro do PPI, exceto pela Malha Norte da Rumo, que deverá ter estudos para a sua ampliação de capacidade.

A proposta lista ainda quatro hidrovias, sendo a Hidrovia do Tocantins entre Marabá e Vila do Conde a única com possibilidade e implantação até 2022. As outras três, a Tocantins até Miracema (TO), a do São Francisco e a Teles Pires/Tapajós, necessitam ainda de estudos.

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