VENILTON TADINI
Presidente-executivo da ABDIB
(Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)

“SÓ INVESTIMENTO PRIVADO EM INFRAESTRUTURA VAI FAZER COSQUINHA PERTO DO QUE PRECISA”

Com quase 40 anos de experiência nos setores público e privado, o presidente-executivo da ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Venilton Tadini, vê com ceticismo alguns consensos sobre o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil. “Só investimento privado não vai fazer cosquinha no que é necessário”, comentou o economista de 60 anos formado na USP, e que chegou à presidência do Banco Fator, sobre a política do governo de reduzir gasto público com o setor por causa da crise fiscal.
Para o presidente-executivo da associação que reúne as grandes indústrias do país, o hiato de investimentos na infraestrutura deixou como legado a falta de planejamento e, ainda pior, a ausência de uma estratégia de desenvolvimento para o Brasil, o que pode levar muitos projetos a serem ineficientes. “Precisamos de estratégia de desenvolvimento, definir para onde se quer ir”, afirmou em entrevista à Agência iNFRA, nesta semana, na sede da associação, em São Paulo.

Agência iNFRA – O que o senhor viu de mudanças decomportamento de governo, neste ano, que tenha levado a avanços ou retrocessos no setor de infraestrutura?
Venilton Tadini – Sem dúvida, houve avanço substantivo. A questão de fundo está ligada a um aspecto estrutural. Desde a década de 1980 o país perdeu sua trajetória de desenvolvimento. Em grande parte do século XX, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo. Para você ter uma ideia, o Brasil termina os anos 70, antes da nossa tertúlia com o choque de petróleo, exportando mais que China, Coréia e Taiwan juntos. Os tigres asiáticos perto do Brasil eram meros gatos siameses.

O que não fizemos para estarmos tão atrás?
Tivemos um modelo de crescimento via substituição de importações que foi saturado. A tentativa de continuar investimento na segunda metade da década de 1970, quando poderia ter sido feito um freio de arrumação, não ocorreu. O país quebrou em relação às contas externas e toda a estrutura de financiamento foi colocada em xeque. O estado, que era o grande propulsor da infraestrutura, entrou numa crise fiscal sem precedentes. Pelo bom tratamento dado ao câmbio, se permitiu que a indústria continuasse com um nível de 17% a 18% do produto. Mas as empresas ficaram deficitárias, sem capacidade de investimentos. A década de 1990 transforma as dificuldades no centro da ação econômica e, aí, se perde completamente a visão de médio e longo prazo na definição de uma estratégia de desenvolvimento, numa inserção competitiva que vinha sendo feita com competência até o fim da década de 70. Isso gera um desgaste no dinamismo do crescimento da economia. Nossa indústria fica numa posição bastante secundária.

Porque passou tanto tempo e não conseguimos sair do ciclo do curto prazo?
Se na década de 1970 se tentou manter uma situação de competitividade relativamente significativa, mas já vinha perdendo, a partir do momento que entra na hiperinflação parece que o binômio do país ficou em câmbio valorizado e juros reais elevados. E não estamos falando de uma década. É desde o Plano Real até recentemente. Só no início do governo Dilma que houve uma mudança, que fez o país perder fôlego e dinamismo. O grande segmento responsável por inovação tecnológica é a indústria, que saiu de quase 17% de participação no PIB para cerca de 10%.

Esse binômio é o fator principal para que não consigamos avanços no setor de infraestrutura?
Não. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Infraestrutura é para que? Para mim, é um fator de competitividade. Fator que te dá diferencial competitivo para se inserir num mundo globalizado. Mas não adianta ter infraestrutura eficiente para andar de kart. O que está acontecendo é que batemos tanto na indústria que já, já vamos fazer infraestrutura sem saber para o que é.

Não vai ter o que transportar?
Pode transportar alguma coisa porque o setor ainda tem dinamismo, mas do ponto de vista dos impactos de ganho de produtividade e tecnológicos será do que não tem ainda o dinamismo da indústria. A indústria se modernizando puxa a agricultura, mas a agricultura por si puxar o crescimento, é muito difícil num país industrial.

Temos cada vez mais pensado a infraestrutura para commodities agrícolas. O que isso pode estar prejudicando outros setores e o desenvolvimento da própria infraestrutura?
Não há dúvida que o crescimento da agroindústria mostra a fragilização da infraestrutura. Você vê a situação recente da 163, quando precisou transportar soja. O cara ficou quatro dias parado. Se é isso para produtos de menor valor agregado, imagina o que faz com um produto industrial? De fato, o crescimento industrial cria um fator de pressão na infraestrutura para manter o sistema competitivo.

E o que nos tirou a competitividade?
A questão dos juros e do câmbio nos últimos 25 anos foi uma catástrofe para definir uma estratégia de crescimento de médio e longo prazo e para definir projetos de infraestrutura. Com essa situação de voo de galinha, com preocupação de curto prazo, se deixou de ter uma agenda de médio e longo prazo como estratégia de crescimento bem definida, e muito menos ter condições de definir projetos prioritários. Pode ver o que ocorre hoje com a infraestrutura. Você lança pacotes daquilo que está primeiro pronto.

O que isso traz de ruim?
O ganho de eficiência. Se você tem uma análise sistêmica dos seus eixos de desenvolvimento, você consegue definir quais os projetos prioritários do ponto de vista da racionalidade econômica para aumentar a sua competitividade. Agora vai cinco aeroportos, agora vai isso… Não é assim que funciona.

Um exemplo?
No PND (Plano Nacional de Desenvolvimento) você articulou uma estratégia de desenvolvimento industrial junto com o crescimento da indústria de insumos básicos e bens de capital para diminuir a dependência de importações, com um programa agressivo. Tinha uma estratégia clara. O Brasil avançou em telecomunicações, criou um parque energético e uma estrutura rodoviária enorme. E, particularmente, nas indústrias de base e bens de capital teve grandes projetos importantes. Coisa que você não vê hoje.

O que temos hoje?
Pergunta boa. Temos uma indústria perdendo peso relativo na estrutura do produto e com cada vez mais dificuldades de se inserir competitivamente no mundo. Temos nichos importantes de eficiência, como nossa indústria de papel e celulose, petróleo. Temos grandes empresas de eletroeletrônica do setor pesado. Efetivamente teve o período de substituição de importações que deixou um legado importante. Mas a estrutura como um todo, importando abridor de garrafa e tampinha de cerveja e tudo o que é bugiganga, você tem uma reorientação para fora de parte de seu crescimento.

Isso não é uma maneira torta de abrir um pouco o país que tem ainda muitas barreiras, consideradas em vários estudos como excessivas?
Disso posso falar de cátedra porque redigi a Medida Provisória 158 do Plano Collor para a abertura comercial que eliminou todos os controles de importação, regimes especiais e teve projeção de redução de programação de alíquotas médias de 45% para vir para baixo de 20%. O que ocorreu foi que vários, de forma desorganizada, voltaram a ter benefícios e novamente se deixou de ter a tarifa como balizador da competitividade. Mas é importante ressaltar: para você fazer política desse tipo, tem que dar o câmbio com sua verdadeira precificação. Quando ouço falar que a indústria é pouco competitiva, tem que perguntar: com qual câmbio? Se fica com o câmbio valorizado por 25 anos e você diz que foi o cara que não conseguiu fazer desenvolvimento tecnológico é sacanagem. Essa história que câmbio flutuante é para flutuar é para quem não conhece como funciona o mundo globalizado. A Coréia não faz isso, a Alemanha não faz, a China não faz, muito menos os Estados Unidos. Eles trabalham no que é importante para sua estratégia de desenvolvimento. O único país que acredita que câmbio flexível é para ficar flexível é o Brasil.

Esse câmbio flexível também leva a prejuízos nos investimentos já que o governo hoje tem que criar mecanismos para evitar a volatilidade do câmbio para atrair capital externo em infraestrutura?
À medida que o câmbio brasileiro foi o que mais se desvalorizou no mundo em 2015 e, em 2016, foi o que mais valorizou, tudo o que o investidor não quer, porque câmbio é um preço que é do cálculo do retorno, é volatilidade cambial. Investidor externo e o que está aqui. À medida que fica essa volatilidade no câmbio, que é irmã siamesa dos juros elevados, não se aplica o dinheiro em investimentos reais. Só no financeiro.

Além do problema de câmbio, que outros entraves são mais graves para os projetos de infraestrutura?
Tudo o que aconteceu a partir da década de 1980 foi a perda da capacidade de investimento e, consequentemente, a perda da capacidade de análise e estudos de projetos estruturantes para o aumento do desenvolvimento econômico. A situação que vivemos hoje é absolutamente paradoxal. Temos fragilidade no saneamento, no transporte, na logística e até na energia, e não tem projeto. O que é isso? Você sabe o que é o gargalo e quanto precisa. Mas projetos estudados do ponto de vista da lógica setorial, com racionalidade microeconômica, com retorno para atrair investimento, não têm.  O governo anterior tinha relações de projetos. Isso não é projeto, é nome de empreendimento. Uma folha ou duas, ou cinco, que a cada seis meses renomeia e muda de prazo. Eles não têm nível de estudo adequado para dar condições de avaliação de retorno, captação de recurso. Além do problema sério de governança. Agências sem estrutura técnica adequada. Ministérios sem capacidade de realizar. O Tribunal de Contas tecnicamente avançou, dando pitaco nos editais. Além de não ter projetos mais bem estudados, você tinha falta de estudo de novos projetos. O fato de ter criado o PPI foi importantíssimo porque se reestabeleceu a confiança no interior do governo, colocando um órgão subordinado ao presidente da república. Você começa a ter minimamente o reestabelecimento da capacidade de planejar.

O senhor vê isso como suficiente?
Não é. O estrago era grande. Para que isso se transforme em investimento de fato há que se ter um tempo. Há projetos que precisam de um ano, dois ou mais. É importante que você tenha também a questão do transporte e logística, mas que cruze também com sua definição de prioridades, de que inserção você quer ter no mundo para fornecer e receber produto. Perdemos a capacidade mínima de definir coisas. À medida que não tem o dinamismo que se tinha até meados da década de 1980 de como tratar sua participação comercial no mundo definindo o que estava desejando, fica difícil comerciar. O país encolheu em relação a negociações comerciais com o resto do mundo e isso tem sequelas. A primeira questão que é preciso recuperar em relação à infraestrutura, que é algo relativamente óbvio, mas que marca porque impede a retomada a curto prazo, é a falta de planejamento. Tem que reequacionar a matriz de prioridades dos projetos dentro de uma estratégia de desenvolvimento. O que você vê hoje é um governo de transição que tem como prioridade o ajuste fiscal. Não estou dizendo que não tenha que ter essa preocupação porque está pegando fogo e daí vem a reforma da previdência, a trabalhista. Mas aí você tem que perguntar: para quê? Para onde que queremos ir?

O senhor vê os candidatos ou algum grupo no país pensando isso?
Vamos fazer um observatório aqui de infraestrutura para pensar isso. Estamos começando a nos preparar para ter uma agenda robusta, com propostas objetivas, para sair desse ciclo vicioso do curto prazo. Vamos fazer o mapeamento de toda a infraestrutura e começar a preparar indicadores para a sugestão e avaliação de projetos importantes de médio e longo prazo.

Estamos caminhando para uma indústria muito diferente no mundo, e aqui estamos voltados para o passado. Vamos conseguir fazer esse salto?
Há nichos. Nem todos os segmentos industriais estão no mesmo diapasão sofrendo os reflexos da crise. Até porque muitos são ligados a matrizes internacionais e são acoplados ao desenvolvimento mundial. Mas temos que trazer isso para o chamado médio e baixo clero da indústria. Para isso, a forma é retomar o crescimento, juros civilizados e taxa de câmbio mais desvalorizada. Indústria é fator de dinamismo para o crescimento da economia. Não adianta querer investir em infraestrutura se não tiver ganho de produtividade e eficiência com o crescimento da indústria.

Seria um investimento desperdiçado?
Não, mas ele não vai ter a virtuosidade e não vai dar o nível de competitividade desejada.

O que as nossas recorrentes crises políticas atrapalham nesse caminhar?
A crise na infraestrutura não decorre da crise política. Mesmo se não tivesse, estaríamos com um problemaço para resolver. A instabilidade é um fator adicional. Se estava com restrições do ponto de vista de segurança do negócio e ambiente competitivo para investir, na hora que você tem um tsunami desses só piora. A situação que era grave vira gravíssima. Junta um problema de estrutura, que precisa desenvolver instrumentos de planejamento com uma questão conjuntural: juros, câmbio e esse trem fantasma que cada dia é um susto.

Isso pode de alguma maneira dar um tempo de maturação aos projetos que nunca tivemos, já que os governos estão sempre querendo algo para fazer uma inauguração?
Mas aí é oito ou 80. Ou faz açodado, com os fracassos do passado, com análise mal feita de demanda, paraquedista que entra e não pode tocar o investimento, ou leva muito tempo para fazer. Pelo que está acontecendo, houve uma melhora e um avanço. Mas o problema não vem de agora. Vem de uma falta de planejamento que foi travestida de um conjunto de projetos de PAC que não era estratégia de crescimento, era relação de projetos. Agora você tem que transformar isso num programa. O que precisamos é estratégia de desenvolvimento, definir para onde se quer ir. Isso não é fácil. Mudar um paradigma de um país que não está habituado a fazer isso. E para estruturar um projeto desses com project finance, de dois, três bilhões, tem que estudar um ano e meio a dois. É coisa séria. E tem também outra questão que é a necessidade de capital, que será absurda.

A informação é que tem dinheiro no mundo…
Tem.

Mas não vem para cá…
Não tem projeto. Qual o projeto que tem para vir. Muita gente criticava a Maria Silva (ex-presidente do BNDES). O que ela ia fazer? Ou tinha uma empresa na Lava-Jato, ou na lei de improbidade, ou licitava um projeto sem retorno. Como vai liberar? Ela dizia, me tragam projetos. Qual foi o projeto acima de R$ 1 bilhão que entrou no BNDES nos últimos 12 meses? Não é culpa do BNDES. Não é dar dinheiro. O projeto tem que ter estudo, retorno. Eu acho que os que estão saindo agora e estão indo ao BNDES terão recurso. Mas isso demora. Quando pega uma política de terra arrasada, para recuperar, não é brincadeira. Mas isso vai resolver o problema do funding? Não.

Por quê?
Você precisa estruturar o projetc finance non-recourse. Não dá para estruturar projeto com garantia corporativa. Se não é voo de galinha de novo. O balanço das empresas não aguenta. Mas para que a receita futura seja garantia ao financiador, o sistema de garantias tem que funcionar. Não dá para ser esse que está aí.

O que falta?
É efetivamente a seguradora estar responsabilizada para acompanhar a empresa de engenharia no projeto de fato e, se precisar, fazer como nos Estados Unidos,  que você troca a construtora e dá continuidade à obra. E dou garantia ao financiador que tem receita futura e ele vai receber. Se não, o cara atrasa três anos a entrada de receita futura e aí não tem jeito. Não vai a lugar nenhum.

Por que isso não sai do papel?
Como você fez o primeiro estágio da infraestrutura com construtoras que viraram concessionárias, e isso aconteceu em vários lugares do mundo, elas são empresas de balanço forte, elas estavam dispostas a dar garantia corporativa. Para o banco, era ótimo. Se vai sair ou não o projeto, ele não quer saber. No project finance você tem que garantir a estrutura de financiamento no período inicial, o que dá segurança para pagar. Isso é outra estrutura, outra análise, outro approach, para seguro garantia. Se tiver isso, você pode entrar com pouca garantia real que o projeto vai ser suficiente para pagar. Sem isso, não dá para continuar. E precisa resolver isso nos bancos públicos porque instituição privada não vai fazer isso.

Por qual motivo?
Porque não tem funding. Não adianta pegar um projeto de 15 anos e dar financiamento de três anos porque daqui a três anos ele precisa rolar a dívida. Se muda a condição, você quebra o projeto. Tem que casar na saída. Funding é volume e prazo. A captação não pode ser descasada com o prazo. Se você capta com CDB de dois anos, não adianta querer fazer um financiamento de 15 anos. O BNDES faz porque tem o FAT.

Aqui não há funding privado?
Não.

Nem Fundo de Pensão?
Com um juro alto desse você acha que eles vão usar para projeto? Enquanto o juro não voltar para patamar civilizado, ele fica de braço cruzado com retorno de mais de 10% ao ano e não vai se meter nesse caixão que não sabe se vai ter nem o principal de volta.

E, além de fundo, não tem mais nada?
Tem mercado de capitais, com papéis que você pode emitir aqui ou lá fora. Com a queda da taxa de juros, você vai incentivar isso. O mercado gosta dessas debêntures incentivadas de infraestrutura. Mas para bom projeto, bem estruturado. Além do funding, ainda tem a regra de Basileia 3. O banco imobiliza o índice de alavancagem com empréstimos de longo prazo. Ele acaba preferindo projetos mais curtos, de menor risco e maior rentabilidade. O compromisso dele é o retorno do acionista. Quando fala que tem que reduzir a participação do BNDES para abrir espaço para bancos privados, eu acho que não existe essa cena.

Basileia 3 é para o mundo todo. Porque aqui é mais complicado? Ou vai ser igual em qualquer lugar do mundo?
As estruturas de capital lá fora emitem bônus de 30 anos. O mercado internacional permite. Ele cria um fundo de quatro a cinco projetos e faz uma emissão de 20 anos, com sete anos de carência. Mas aqui não dá.

Como atrair isso para cá?
Se o BNDES começando a retirar o subsídio à taxa, indo para mais próximo do mercado, começa a motivar um banco como o Goldman Sachs. Mas, do ponto de vista de uma estratégia de desenvolvimento, é preferível pegar o nosso recurso do que ter um dinheiro mais caro do exterior. Mas é uma opção que não é excludente. Elas são complementares. Tem que pegar mercado de capital interno, BNDES… A quantidade de capital que vamos precisar para sair desse hiato de infraestrutura que temos é enorme. São R$ 300 bilhões por ano. Se puder vir dinheiro de Marte é bom.

E o dinheiro do governo?
Você pode fazer o quanto for de concessões que tem ainda um peso grande do governo que é da natureza do segmento. Há segmentos em que é muito difícil obter retorno. Quem vai querer pegar mais de 90% da malha não pavimentada do Brasil? O estado ainda precisa investir e é muito mais que o setor privado. A crise fiscal é um problema. Mas você não vai conseguir sair dessa crise só com investimento privado. Se aumentar três vezes o investimento privado, vai fazer cosquinha perto do que precisa para reverter a crise.

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